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Converse com estranhos!

Fomos a São Paulo visitar o CasaCor e o espaço lindo que minha esposa – Adriana Valle – e sua sócia, Patricia Marques, criaram. Sou absolutamente suspeito para falar, mas, para mim, é o projeto mais legal do CASACOR. Sabe aquela sensação de “como eu gostaria de morar aqui”?! Essa é a pegada delas – criar casas que abraçam. Inclusive, esse é o nome do espaço. 

À noite, saímos para jantar com amigos. Estávamos na fila de espera de uma pizzaria super tradicional de São Paulo e, de repente, chega um casal mais velho. Meus filhos, que estavam sentados, imediatamente se levantaram para ceder lugar a eles. 

Quando os convidei a sentar, o senhor abriu um sorriso e falou: “Obrigado, eu prefiro ficar em pé, estou vivo! Aliás, estou aqui justamente para comemorar a vida”. A partir daí, começou a contar sua saga recente – tinha acabado de sair de um tratamento muito sério de Covid. Aliás, a gente não pensa mais nisso, mas a doença continua, só que em uma escala parecida com a de outras doenças contagiosas. Ele contou que chegou a ser entubado e que sua vida esteve de fato em risco.

Foi tão bacana ver a felicidade que ele estava sentindo. Pensei: como as pessoas às vezes só precisam de um “oi”, ver que foram percebidas, que tem alguém ali disposto a conversar. Ele ficou falando conosco, como se nós fôssemos amigos de longa data. Muito legal! 

Fica aqui o registro de como é importante a gente olhar para o lado, conversar com as pessoas. A gente cresce ouvindo “não converse com estranhos”, mas, depois de ficar um pouquinho mais velho, dá para relativizar isso, né?  Fomos jantar leves, felizes. E a pizza estava deliciosa, diga-se de passagem.  

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