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PDAC.1: reunir as peças do quebra-cabeça

Desde o lançamento em novembro do ano passado do Chat GPT, Inteligência Artificial saiu das discussões entre especialistas em inovação e tecnologia e foi diretamente para as mesas dos bares, para aqueles debates infindáveis sobre limites e possibilidades.

Longe de mim querer reduzir o poder e as perspectivas que a Inteligência Artificial traz para as mais diversas áreas de conhecimento e negócios.

Mas o que cada um de nós tem a compartilhar vai muito além de qualquer forma automatizada de lidar com uma grande quantidade de dados. A história de cada um de nós é única! E não adianta buscar no Google ou no ChatGPT, a menos que ela já tenha sido compartilhada.

Outro dia, tive uma longa e deliciosa conversa com a minha sobrinha, que é uma psicóloga em formação, sobre como a nossa mente faz associações.

Para mim, o grande desafio da comunicação é conseguir selecionar as peças de quebra-cabeça que estão dentro de nós e no nosso entorno e organizá-las de uma forma que faça sentido para nós mesmos e para as outras pessoas.

Steve Jobs definia inteligência como a capacidade de ver o quadro todo – que eu chamo de ‘o quebra-cabeça montado’. “Enquanto outras pessoas estão tentando descobrir como ir do ponto A ao ponto B, lendo esses pequenos mapas, você pode vê-lo na sua frente. Você pode fazer conexões que parecem óbvias para você, porque você pode ver a coisa toda.”, disse Jobs em um discurso em 1982 (fonte: Revista PEGN – https://revistapegn.globo.com/gestao-de-pessoas/noticia/2023/04/segundo-steve-jobs-este-e-o-maior-sinal-de-inteligencia-de-uma-pessoa.ghtml).

A boa notícia é que, se num quebra-cabeça comum existe uma única peça para cada posição, no nosso arsenal de temas para provocar conversas não existe uma só figura, uma forma única de encaixar perfeitamente as peças.

Ao garimpar peças para que você possa ver (e compartilhar) o quadro completo, vale recorrer a tudo: livros, notícias, ideias que você já teve ou que outros já tiveram, conversas, debates, experiências e histórias (!). Tudo, absolutamente tudo é válido!

Lembre-se que naquele modelo de Harvard do MACJ (“sem noção”, arquiteto, carpinteiro e juiz), estamos na primeira fase, em que é proibido proibir, como diria Caetano Veloso. Sem julgamento, crítica ou filtro! Quanto mais peças, mais rápida será a montagem e mais nítida será a imagem. Até porque você não precisa – nem deve! – usar todas as peças de uma só vez.

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