Costumo perguntar: o que você faz como todos, como poucos e como ninguém? É uma forma diferente de falar sobre proposta de valor, sobre o que posiciona uma pessoa ou uma empresa em um determinado ambiente, o que a diferencia e o que a torna única. 

Acontece que entender o valor é apenas metade da história. Precisamos também descobrir, investigar, perceber, sentir e estudar os interesses das pessoas com as quais queremos interagir. Seja para abrir uma conversa, seja para fechar um negócio.  

Criamos esse diagrama para separar o que deve ser compartilhado e o que demanda outras ações, que talvez sequer passem pela comunicação. 

Começando por baixo – normalmente, é um bom ponto de partida -, temos o quadrante azul, onde são igualmente baixos o interesse das pessoas e o valor que temos a oferecer. “Não somos bons nisso, mas isso não é relevante para as nossas conexões”. O que fazer neste caso? Simplesmente, acompanhar! Vai que o que hoje é irrelevante se torna muito importante para as pessoas… Especialmente para aquelas que são importantes para nós…  

Chegamos ao quadrante vermelho: alto interesse, baixo valor. Oportunidade: melhorar a oferta, ou seja, aumentar o valor! Ou então, mudar de lugar, mudar de público. Pode ser que simplesmente estejamos diante de pessoas cujas expectativas nada têm a ver com o que nós temos a dizer e a fazer por/com elas.

O que fazer se o cenário for diametralmente oposto: alto valor, baixo interesse? Opções: educar, sensibilizar, dessensibilizar ou mudar. Por mais que possa parecer meio prepotente, vejo “educar” como um verbo que só tem conotações positivas: compartilhar informações e conhecimento, construir junto, ensinar e aprender. Tirando “mudar”, tudo aponta na direção do aumento de interesse para nossos pontos fortes. 

Por fim, chegamos ao quadrante onde alto valor e alto interesse se encontram. O que fazer aqui? Compartilhar, cocriar, contribuir, comunicar, cooperar… É o quadrante do nós, do Lifelong Sharing! Vamos a ele!